A MARCHA FÚNEBRE PROSSEGUE
Na cobertura dos distúrbios do dia 18/06/2013 a rádio o estadão noticiava que tudo estava sendo causado por um grupo organizado de "Punks Black Bloc" (wikipedia).
Aquele "bicho" que apanhou a vida toda para aprender as lições das classes dominantes, mostrou que aprendeu a lição, mas também aprendeu a bater. Dê por toda um vida agressões e roube direito básicos de uma parcela enorme da população e então assista ao que assistiu ontem.
Depredação e saque é um "zeitgeist" que já dura 513 anos para essa gente. Devolvê-la ao capital não lhes doeu nada em suas consciências. Pelo contrário.
itaú, oi, mcdonalds, safra, patrimônio público e privado, o boticário, relojoarias...
Em momento algum, aquele "bar do zé da esquina" sofreu avarias.
Nenhum civil, nenhum repórter, nenhum bombeiro ferido pelos Manifestantes.
Os Manifestantes têm mais essa lição a ensinar ao governo de s. paulo e sua polícia, que jogam tão bem pelo outro modo.
A grande maioria presa nos distúrbios de 18/06/2013 são os desvalidos de sempre criados pelas relações capitalistas (ocupantes, moradores de rua...)
logo mais tarde, no programa de jovens repórteres da rede globo (que já começa a fazer suas transmissões sem identificação da emissora) eram mostrados os endinheirados caucasianos brancos da classe média na micareta do dia 18/06/2013, enrolados nas bandeiras de sua pátria, rosto em risquinhos verde e amarelo, e placas em mãos, que por alguns momentos cessavam suas demostrações de machismo, homofobia e racismo para dar lugar ao estuprante hino nacional...
Poderes públicos perdidos entre si demoram quase duas semanas, para então mostrarem suas caras e a única coisa que têm a dizer é extremamente estúpida
"existe uma voz vindo das ruas..."
Sério? duas semanas depois e é isso que têm a dizer?
E então, Haddad? Aguarda que alguém morra nisso? Aguarda o quê, pra fazer essa redução? Esperando que alguém morra nisso tudo?
Será que alguém consegue imaginar o que pode acontecer se alguém vier a morrer nesses distúrbios?
Não nos esqueçamos do que se tornou a triste perda de Aléxandros Grigorópulos.
Que venha o próximo ato!
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