grindcore morto

Ono + Lennon: "Woman is the Nigger of the World"

"A ESCRAVA DO ESCRAVO"

"A Mulher é o escravo do mundo
Sim, ela é... pense nisso.
É o escravo do mundo,
pense nisso... E faça algo a respeito!

A fazemos pintar seu rosto e dançar
e se ela não quiser ser uma escrava,
dizemos que não nos ama;
se ela é real, dizemos que está
tentando ser um homem...
enquanto a pomos pra baixo,
fingimos que está acima de nós!

A Mulher é o escravo do mundo, sim, ela é...
Se não acredita em mim, dê uma olhada
na que está com você aí...
A Mulher é a escrava dos escravos!
Melhor que gritemos sobre isso!

A fazemos parir e criar nossos filhos,
então a largamos de lado por ser
"só mais uma mãe velha e gorda"...
Dizemos que o lar é o único lugar

em que deveria estar
então reclamamos que
é desatualizada demais
para ser nossa amiga

A Mulher é o escravo do mundo, sim, ela é...
Se não acredita em mim, dê uma olhada
na que está com você aí...
A Mulher é a escrava dos escravos!
bem... COMBATA ISSO!

A insultamos diariamente na televisão
e ficamos a nos perguntar
por que ela não tem coragem ou confiança...
Quando ela é jovem
matamos seu desejo de ser livre,
Enquanto a dizemos para que não seja tão esperta
a detonamos por não agir de modo "inteligente"...

A Mulher é o escravo do mundo, sim, ela é...
Se não acredita em mim, dê uma olhada
na que está com você aí...
A Mulher é a escrava dos escravos,
Se acredita em mim,

melhor que grite sobre isso!"
Capa do single, de 1972.


Do disco "Some time in New York City", a frase "Woman is the Nigger of the World" foi pronunciada por Yoko Ono em uma entrevista para a Revista Nova, em 1969 - Foi, inclusive, destaque de capa da edição. O disco - terceiro de estúdio de Lennon-pós-Beatles - é considerado o mais politizado de todos de sua carreira solo, bem como o menos procurado...

Já em 1972, Lennon menciona em entrevista ao Dick Cavett Show o revolucionário irlandês James Conolly para a afirmação "A trabalhadora é a escrava do escravo", para esclarecer o pano de fundo pró-feminista da canção.
 
Por conta do uso da palavra "Nigger" (aqui, para wikipedia em espanhol), que se refere à opressão a afro-descendentes como comparativo para a opressão à mulher, muitas rádios declinaram da exibição da canção - mesmo que Lennon esclarecesse publicamente que seu "nigger" era referente à toda e qualquer pessoa vítima de opressão, até a exibição da canção em programa televisivo (Dick Cavett) só pôde acontecer mediante um pronunciamento prévio por parte do apresentador SE DESCULPANDO pelo termo utilizado ("Nigger").
Capa do álbum 
"Some Time in New York City"



Nesse mesmo passo e , a NOW (National Organization for Women) reconheceu publicamente o esforço por uma Imagem Positiva da Mulher, com a "Poderosa Afirmação Pró-Feminista"

Nenhum comentário:

Postar um comentário