Sonhamos por um momento com um mundo que não tivesse um papa...
Em que as opiniões forçosas, violentas, retrogradas de suposta autoridade espiritual não esmagassem nossas cabeças, todos os dias.
É a quarta renúncia em toda a história desse posto.
Ponciano renunciou no ano 235. Celestino V, em 1294. Gregório XII, em 1415.
Veio mais esse papa e se foi. Outro virá, e a ilustração de Ouroboros parece mostrar mais uma aplicação - uma bem ácida, bem agressiva, sarcástica - de si mesma...
Levamos a quimera mais adiante.
É brilhante pensar em como tudo poderia ter sido sem a influência da bíblia.
Pensar na liberdade de união entre as pessoas. Em avanços tecnológicos não impedidos, ao menos pela igreja. Em milhares de pessoas poupadas de condenações absurdas. Poupadas de torturas, de fogueiras. Pensar no consciente coletivo não impregnado de sede e fome por sangue a qualquer custo para demonstração de poder.
Pensar em um mundo não dividido entre Ocidente e Oriente e menos impregnado de "Nós Versus Eles"; maior aceitação entre as diferenças...
Um planeta que, ao menos nessa quimera, conseguisse ser "espiritual" de fato e não à maneira do cristianismo, que é a morte de toda espiritualidade.
"Eu gostaria, e este será o último e o mais ardente dos meus desejos, eu gostaria que o último rei fosse estrangulado com as tripas do último padre."
[do "ex-padre convertido em ateu", Jean Meslier]
estivesse deus* ainda vivo, certamente se envergonharia ao reconhecer o vaticano como seu fruto, roto por nascença e mastigado pela ganância... assim como toda a violência que foi perpetuada em seu nome, mais atroz que qualquer sacrifício exigido, mais estarrecedora que qualquer revelação...
ResponderExcluir(*qualquer um e nenhum em específico. são todos iguais em sua senilidade e obsolescência.)